Pacientes que tem a doença celíaca geralmente apresentam uma diminuição de absorção de suprimentos adequados de cálcio, fósforo e vitamina D, substâncias necessárias para a mineralização de ossos e dentes.
NOS PACIENTES NÃO TRATADOS OU COM DIAGNÓSTICO TARDIO, ESTAS DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS PODEM OCASIONAR ALTERAÇÕES NAS ESTRUTURAS DENTAIS.
A formação dos dentes permanentes começa no primeiro mês de vida e aproximadamente aos sete anos de idade a criança já está com as coroas formadas. Um dente depois de formado não será mais "remodelado" e como a doença celíaca geralmente se manifesta entre o primeiro e o segundo ano de vida, os dentes em desenvolvimento neste período (incisivos e primeiros molares permanentes), poderão ter uma alteração estrutural. Dentes decíduos (de leite) geralmente não são afetados. Quando a doença celíaca ocorre na fase adulta, não existe nenhuma repercussão na estrutura dos dentes.
As alterações dentais que um paciente celíaco poderá vir a ter, serão, as hipoplasias de esmalte (deficiência na formação do esmalte) que clinicamente pode apresentar: mancha, fenda, sulco, perda parcial da estrutura ou falha da superfície dental. Estes indivíduos terão maior chance de desenvolver lesões de cárie e de apresentar sensibilidade dental acentuada. Aftas recorrentes e atraso da erupção dental também são alterações que poderão ocorrer nestes pacientes.
Quanto mais cedo a criança iniciar o tratamento, menor o risco de apresentar essas alterações nos dentes permanentes ela vai ter!
Pacientes celíacos deverão ter uma atenção odontológica redobrada! Cuidados preventivos devem ser iniciados precocemente através do controle do consumo de açúcar, escovação regular, terapias com flúor, diagnóstico precoce e tratamento(quando necessário) das lesões hipoplásicas.
Juliana Suss Ribeiro Riskalla
Odontopediatra
41 32544232
Nenhum comentário:
Postar um comentário